domingo, 31 de maio de 2009

7 de Oral, Excluído

E no último ano, as coisas correm mal.
E no último semestre, vira-se tudo de cabeça para baixo.
E na última semana, não podia ter sido pior.
Sensação de morrer na praia.
Depois de todos estes anos, chegar ao fim e perceber que nunca se deveria ter começado.
Depois de tudo o que se passou, ainda não chega, há-que espetar mais uma faca no moribundo.
Depois de tudo o que foi, continua a ser.
Perceber que não se dá mais porque não se pode.
Porque não se tem.
Porque não se é.
Não se é bom o suficiente.
Não chega, não basta, é preciso mais, e não há.
Nunca houve. Nem vai haver.
Bem vindos à dança macabra do método b, em que os concorrentes descalços dançam, já se está mesmo a ver, em cima de cacos de vidro aguçado.
Acaba-se como se começou.
Como foi o primeiro dia, assim há-de ser o último.
Este é o início do fim, em que os sobreviventes tombam depois da batalha, com o fim da guerra já próximo. E em que quem nada tem que se queixar, queixa-se, pois então, porque são desgraçados, coitados e miseráveis. Quem se limitou a sobreviver sabe que, mais tarde ou mais cedo, a sorte acaba-se e dá lugar àquilo que já devia ter acontecido há muito, muito tempo.
Os Escapistas sobrevivem, mas não triunfam.
É a dança, a dança do método b.
Ámen.

Diálogos

- Vamos andar um bocadinho?
- Não me apetece, doem-me os braços.
- Exacto.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Na versão brasileira, Harry James Potter é Harry Tiago Potter...


Que pouca vergonha...

Porque Rir É O Melhor Remédio

Por sugestão de L., fica aqui o registo de peripécias televisivas.
De chorar a rir.



Sabe-se que se é uma criatura bêbeda sem remédio com talento para a decadência no campo da beberagem quando se acorda, no dia seguinte a uma piela desgraçada, como se nada fosse.

O Fim

Pelos trilhos íngremes da montanha, caminha o viajante. Segue sempre, sem parar.
No rosto, as marcas do tempo, os sulcos do desgosto, as batalhas travadas gravadas em suas mãos. Os grilhões nos seus pés, pesados como rochas, prendem-lhe os movimentos, sufocam-lhe os passos, impedem a progressão. E as lágrimas, uma corrente infinita que cravou o seu percurso na face castigas, lembram todos os passos que deu com os seus pés descalços, feridos, rasgados no longo trilho da montanha impiedosa. Juntam-se aos riscos profundos que ostenta no rosto, recordação do que foi feito e do que ainda há-de vir.

No trilho sinuoso da montanha, não há estio, e todos os dias são de neve, de frio cortante, de vento agreste. E o viajante nunca para, nunca descansa, segue sempre.
A cada metro que avança, os espíritos protectores do segredo que a cordilheira esconde tentam desvia-lo do caminho, empurram-no, puxam-no para trás, ajudados pelo vento gelado, pelo nevoeiro intenso.

Mas o viajante não desiste e continua a caminhar, apoiando-se em seus pés golpeados e no seu bordão lascado. Para lá da serra, para lá das intempéries, esta a cidade à beira mar, a cidade onde em breve ira chegar, a terra prometedora de felicidade, a terra prometida da prosperidade. A cidade que esteve à sua espera, com que sonha a todos os minutos, em que pensa com mais intensidade quando o frio lhe entorpece os membros e não o deixa respirar.

Mas o caminho é tão longo, tão penoso...à noite, quando o gelo penetra na pele, quando o frio ameaça a frágil vida do viajante, pensa ele que nunca há-de chegar ao seu destino, que a sua triste sina é vaguear dolorosamente por vias tortuosas que levam a lado algum que não aquele que tanto almeja. E quando o desespero sufoca o coração, mais destruidor que qualquer noite gelada, lágrimas quentes brotam os olhos cansados do viajante, quebrando o gelo em sua alma. E volta a partir, o viajante.

Um dia, quando já havia perdido a conta aos anos a que caminhava na montanha, viu o mar na linha do horizonte. apelando às pernas cansadas e a toda a forca que lhe restava, correu montanha abaixo o caminho que lhe faltava.

E lá estava ela, a cidade luminosa, perdida em lendas e agora finalmente encontrada, erguida ao lado do mar azul, brilhante, grandiosa em toda a sua extensão.
O viajante, mal acreditando no término da sua longa e desgastante viagem, chora agora lágrimas de alegria, que não apagam as cicatrizes que a jornada lhe fez, mas que as tornam milagrosamente cintilantes.

A viagem acabou, tinha-a encontrado.

O viajante sou eu.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Há coisas que doem mais que um número ranhoso.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Nice Try

Vem um Sr. de Carinha Laroca e diz, com o ar mais natural deste mundo uma nota de avaliação contínua como se de uma tempestade marítima se tratasse.
Vem, e diz o Sr. da Carinha Laroca, como se fosse uma tragédia, arremessar uma nota, digamos, final, temendo que lhe fosse ao frontespício.
Não sabe o Sr. da Carinha Laroca que ainda hoje se ouviu, por estas bandas, notícias bem piores do que aquelas que um acesso de diarreia mental pode trazer.
Não sabe, nem sonha, pois, o Sr. da Carinha Laroca que tem, lá está, uma carinha demasiado laroca ( que palavra mais estúpida e foleira ) para que se encoste lá um dedo com intenções malévolas.
Não sabe, não sonha e nunca saberá.
Também não lhe vou dizer.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Toma Lá Que É Tão Democrático...

Depois de quase 5 anos naquela Casinha Cheia de Monstros Civilistas, que é como quem diz, aquela barraca cheia de gente merdosa e velhaca, mentirosa e ardilosa, nada do que possa vir surpreende.
Ou, talvez, não.
Porque a velhaquice supera-se a si mesma.
Porque a merda é pior do que ontem.
Porque as mentiras crescem todos os dias.
Poque os ardis são cada vez mais engenhosos.

Melhor tempo das nossas vidas my ass.

Como vir a ter saudades disto parece um processo impossível...

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Falta 1 semana.
Ou faltam, antes, 4 dias.
4 dias miseráveis.

5 anos ali.
E agora faltam 4 dias.

Ainda te lembras?



Ainda te oiço quando oiço isto.

2

Porque o verdadeiro aniversário é fazer esquecer o que de pior existe para dar horas de felicidade.
Essa, perdura.
É eterna.










Quem me dera saber pintar tudo o que tenho cá dentro.
Quem me dera pintar-te.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Bibá Museca!



Isto é demais!
Uma pérola!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Ode ao DIP

Bem haja ao senhor dos caracolinhos desalinhados que desbravou os caminhos da ignorância dos cérebros virgens em matéria de situações jurídicas internacionais.
Bem haja ao senhor dos caracolinhos que imiscuiu o seu nariz descomunal nas vidas de quem tinha a paz em seus corações.
Bem haja ao dito senhor, de olhos brilhantes de maldade, que rejubila de cada vez que compreende que quem para ele olha nada percebe do que é dito.

Oh Paulita dos caracóis desalinhados, como era bom que nunca os teus passos tivessem cruzado o meu caminho.

Como seria esplendorosa a estrada caminhada se não viesses também... trouxeste, quais ventos de tempestade, a boa da norma de conflito, toda a sua teoria, toda a sua devolução e referência material, as sociedades, a capacidade, a qualificação. E tudo isto ao mesmo tempo. E o que mais houver. Mais as convenções e os regulamentos. E porquê? Com que propósito? Para que serve? Para que serves tu, afinal? Para passeares o teu olhar cheio de ódio pelos que te ouvem? Para te encheres de felicidade quando a ignorância, sempre presente, mostra todos os seus prismas nas nossas cabeças? Para onde me guias tu, afinal?

Bem haja a senhora de boa vontade que com bonequinhos coloridos pretende levar a bom porto uma barcaça cheia de porquinhos cor de rosa, para o sacrifício.
Bem haja a senhora que não gosta que se roam as cartilagens das extremidades superiores, nem que se desalojem símios da cavidades nasais por forma a prestar a máxima atenção ao princípio da harmonia de julgados.
Bem haja a querida senhora que guia todos os leprosos à agua sagrada da cura e da salvação internacional.
Querida senhora, que em maldade e desprezo pelos porquinhos bate todos os pontos da Paulinha Nariguda, capitã do navio frontal de uma imensa e mortal frota, que se prepara para apontar e lançar canhões à cidade sitiada. Senhora da norma de conflito, que faz com que as teorias do direito civil de todo o mundo pareçam uma brincadeira de crianças pequenas. Senhora do Mal, que trouxestes o DIP para o nosso seio imaculado, manchando-o de terror e imundice.

Porquê? Porquê eu? Porquê agora? Porquê neste momento, porque só agora, no fim, no término, no derradeiro momento? Porquê? Porquê, Paulinha?

Porquê o tiro no escuro, porquê a facada, não nas costas, sempre se sabia que algum dia haveria de chegar esta hora, mas no coração, faca afiada, aguçada como nenhuma outra, dilacera pele, músculos e tendões até chegar ao pontinho mágico, também ele atingido, que extingue a vida.

Porquê, Paulita, porquê?

Dar-te-ia todo o meu cabelo, para que substituísses esses cachos de melena descorados, dava-te toda a minha cor por uma resposta.

Responde-me! Fala comigo, seu animal, responde-me!

Não sei o que escrevi, não me lembro do que sabia, escrevi de olhos fechados, à espera que alguém os abrisse e me mostrasse o que fazer. Não sei a resposta, e perco-me nas linhas cheias de tinta, mascadas pelas minhas mãos, que seguram na caneta e a fazem deslizar febrilmente. Não sei responder.

A capacidade normalmente está incluída na noção mais ampla de estatuto pessoal. O 47º tem alguma a coisa a ver com o estatuto real. O 16º é a regra geral de referência material excepcionada pelo 17º e pelo 18º. Eventualmente pelo 19º, quando não haja reenvio. O 20º é para ordenamentos jurídicos demasiado complexos para se encaixarem nas regras normais.

Porquê, Paula? Responde-me.

É por ser burra? É por não estudar? É por não saber, de todo, as coisas de raiz?

Porque me odeias tu, cónego do demónio?

Não sei a resposta, nunca a soube, nunca a tive. E agora, que escrevo eu? Que mais escreverei quando me faltarem as invenções? Que mais escreverei quando não mais puder esconder que não sei a resposta? Não sei.

Bem vindos, senhoras e senhores, ao admirável mundo sempre novo do DIP, o único rico em sais minerais e normas de conflito fresquinhas.
Bem vindos, caros amigos, a uma viagem sem fim pelo coração palpitante do direito. Viagem por uma via nunca antes viajada. Uma viagem inesquecível, que ficará para sempre gravada nas peles e almas de todos. Memorizem todos os momentos, fixem caminhos, decorem pontos de referência. Lembrem-se de tudo o que aprenderam. Só para não morrerem estúpidos, não vale a pena.

Porque não há regresso do mundo do DIP. É uma viagem só de ida. Não há como escapar, a morte avizinha-se. E todos, pelos trilhos enlameados dos esgotos, caminhamos de mãos dadas, todos em fila, os lindos porquinhos cor de rosa, guiados pela Senhora do Mal e pelo senhor dos belos caracóis. Caminham sem parar, sem descanso, sem alimento. Porque ainda há o direito real, o sucessório e o de propriedade intelectual, e as sentenças estrangeiras que necessitam de reconhecimento. E o 16º é a regra geral, enquanto 17º e o 18º o excepcionam. Forein court theory.

E os dois seres guiadores de almas já só levam um porquinho para o sacrifício. Os outros nunca chegaram a escolher o caminho da perdição.

Porquê, Paula?

Bem vindos ao mundo do DIP. Admirável.
Tudo isto existe.
É triste. É DIP.

In Loving Memory Of



Nunca esquecido.

terça-feira, 19 de maio de 2009



Porque hoje bati com os dentes no chão.

Com toda a força.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

domingo, 17 de maio de 2009

Barataria do Capitão

Pergunto-me o que se passará com o Capitão que parece não ter vontade alguma de levar a bom porto a expedição marítima.


Talvez os tiques faciais tenham passado a afectar o cérebro todo em vez de só afectar a parte de coordenação motora.

Talvez alguém lhe tenha dito que o uso de pinça para remoção de pêlos faciais que não barba é coisa que se usa frequentemente.

Talvez tenha alijado alguma mercadoria onde não devia.

Talvez tenha abalroado um outro navio e agora chora perdidamente.

Talvez esteja baratarado. Doido, portanto.

É pena. Era um bom Capitão antes de se passar para o Lado Negro da Força Jurídica.

sábado, 16 de maio de 2009

Eurovisão 2009

Ganhou esta: ( Noruega )





Mas esta era a preferida: ( Arménia )




Sim, ainda me dou ao trabalho de ver a eurovisão...

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Silent Hill



Ainda hoje nisto se falou.

Há uma aura bonita à volta desta música. Morbidamente bonita.

...

"Por todos estes motivos, e, uma vez que o fim das aulas foi agendado, em Despacho do Conselho Directivo, para dia 29 de Maio, apelamos a todos os finalistas de 2009 que se inscrevam no Baile para que poçamos todos viver do melhor modo, este momento irrepetível das nossas vidas de estudantes."

Quem vir o mesmo que eu, é porque não chumbou a português.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Em dias como este...

se percebe que não se vale nada.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Depois da 457ª Leitura...

... surgem algumas dúvidas.

Fala-se de Harry Potter e dos sete livros lidos entretanto por quem achou que situações privadas internacionais ou despedimentos colectivos eram assuntos demasiado chatos para merecerem qualquer atenção.
De maneira que, de uma assentada voaram sete livros e surgem uns pontinhos no espírito que custam a dissipar.

Ainda de salientar a brilhante evolução da escritora, que começou por contar uma história engraçada para crianças e acabou por escrever um grande épico mágico, recheado de pormenores ricos, de personagens consistentes e enredo estupidamente complexo.
Obviamente que a história evoluiu de conto para putos a febre de adultos graças às montanhas de libras que começaram a cair miraculosamente nos bolsos da autora, mas pensar em materialismo estraga a magia ( literalmente ) da história. É uma aventura deslumbrante.

Mas...

Coisas as há que ficaram por contar.

Nunca se chega a saber se os três da vida airada, leia-se Harry, Ron e Hermione voltaram a Hogwarts para finalizar os estudos depois da derrota de Voldemort.

Não se sabe que profissões têm, nem se Harry chegou mesmo a ser Auror ou não.
No fim, para dar aquele ar feliz de tudo estar bem quando acaba bem, não há referência a sustento ou ocupação para aquela gente; o único que parece ter que fazer é Neville Longbottom, que se tornou professor de Herbologia ( não se sabe muito bem como, também ... ).

Apesar da autora o ter afirmado publicamente que a personagem de Albus Dumbledore era gay, tal nunca é dado explicitamente a entender; a não ser que se considere o facto de ter profundas amizades com algumas personagens masculinas que cruzam caminhos com ele.

Não se percebe se a família Malfoy foi ou não para Azkaban depois da queda de Lord Voldemort, apesar de se mostrarem muito arrependidos lá para o final. ( mas fizeram asneiras na mesma... )

Não se ouve mais falar dos Dursleys em parte alguma da história.

Também não se sabe onde vivem eles. Será que Harry Potter voltou a Godric's Hollow?

Nada é dito acerca dos professores e do fim, feliz ou não, que tiveram; só se sabe que Hagrid ainda vive quando os filhos do Potter vão para Hogwarts.

Crê-se inconcebível que a personagem mais bonita, mais bem-parecida daquele conto, Sirius Black, nunca tenha tido uma esposa que o merecesse.

Mas, como forma de compensação, Potter e Ginny procriaram longamente, e quando a história termina contam já com três filhos. Resta saber se terão tido mais.
Isto porque dá-se a entender, algures no inicio do sétimo livro, que eles teriam vontade de os começar a fazer imediatamente...
Mais alguém que me venha falar de principio da igualdade, proporcionalidade, direito ao ensino e demais direitos fundamentais, favor de tirar senha para levar um pontapé no cu.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Palavra do Dia

Bardamerda.
Badamerda.
Berdamerda.

Qualquer coisa.
Faltam 3 semanas.

domingo, 10 de maio de 2009

O Pastor



Do fundo do baú.
Para tentar colmatar o interregno a que a forças malignas da Casinha cheia de Monstros Civilistas, em Lisboa, obriga.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Pergunta do Dia

Porque trabalham as pessoas?

Para poderem comer, seria a resposta mais óbvia.

Não, no entanto, não.

As pessoas trabalham, aparentemente, para terem uma tutela gigantesca dos seus direitos.
O empregador é um estupor que só serve para empatar e lavar o rabo do subordinado com lixívia.
IRCT significa afinal Icterícia Reflectora de Condição Triste.

É para isto que as pessoas trabalham.
Para despejar esta tanga toda numa folha cheia de requisitos.

segunda-feira, 4 de maio de 2009